segunda-feira, 31 de março de 2008

O impacto do PAC em Ipanema


Felipe Torres

As obras do do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) estão gerando emprego para as comunidades de Ipanema, local onde o projeto está sendo desenvolvido, além de trazer melhorias para a infra-estrutura do local; o Programa tem por objetivo reduzir a violência e as dificuldades de acesso à favela, esta última apontada por alguns especialistas como grande causadora de violência, já que impede as autoridades de chegarem em determinados locais dominados pelo tráfico. Através do governo do Estado e da Prefeitura da cidade, estão previstos investimentos que alcançam a cifra de quase R$ 36 bilhões.


Ao acionar um bate-estaca em uma quadra esportiva no morro do Cantagalo no dia 30 de novembro de 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Sérgio Cabral deram início às obras de urbanização e de infra-estrutura dos morros do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho, em Ipanema, Zona Sul do Rio. Serão realizadas várias intervenções urbanísticas nas duas comunidades, entre elas a construção de um elevador que vai ligar a futura estação do metrô Ipanema ao alto do morro do Cantagalo. O plano de urbanização prevê também a construção de 206 novas casas e de creches comunitárias, a recuperação dos elevadores do Ciep João Goulart, a abertura de uma avenida e o alargamento e a reurbanização de ruas e praças, o tratamento paisagístico dos acessos à comunidade e a construção de novas praças e creches, entre outras benfeitorias.


O secretário de transportes Julio Lopes explicou que o elevador a ser construído entre a estação General Osório do metrô Ipanema e o alto do Cantagalo vai permitir o deslocamento de 10 mil pessoas que moram na comunidade, além de outras 12 mil do Pavão-Pavãozinho. Segundo ele, a nova estação será entregue à população no dia 17 de dezembro de 2009 e terá 13 escadas rolantes, dois elevadores e duas plataformas verticais para os portadores de necessidades especiais, acesse o site http://juliolopes.com para maiores informações.


O vice-presidente da FAFERJ (Federação das Associações de Favelas do Rio), José Nerson, no entanto, duvida da transmutação prometida pelo governo: “Só vendo, o medo maior dos moradores é em relação às remoções, um trauma na história habitacional do Rio. Isso explica o discurso de Lula, quando prometeu que nenhum governador “enxerido" mandará a polícia remover os moradores”. O vice-governador, Luiz Fernando Pezão, gestor das obras, considera a desconfiança pior do que os enfrentamentos que poderão ocorrer com os traficantes que dominam as áreas escolhidas: “Muita gente acha que a gente vai fazer mais uma obra qualquer e ir embora sem cumprir o que prometeu. A maior preocupação é com remoções. Há uma desconfiança generalizada”.


Para acompanhar o crogonograma do PAC de ipanema, e novidades sobre o projeto visite o site http://www.agendabrasil.gov.br.

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